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28/05/2021

Como a Selic a 3,50% deve interferir nos investimentos?

Após ser reduzida para sua mínima histórica em agosto de 2020, a taxa Selic voltou a subir por dois meses consecutivos este ano. No começo de maio, um novo aumento trouxe a taxa para o patamar de 3,50%, um aumento de 0,75 ponto percentual em relação ao patamar anterior, de 2,75%.

Mas afinal, o que isso significa para os investimentos?

É bom lembrar que o dólar está alto e, inclusive, existe a expectativa de um aumento da taxa de juros também lá nos Estados Unidos. Esses dois fatores já são suficientes para atrair o investidor a retirar o seu capital do Brasil e investir lá fora.

No contexto anterior, com a taxa brasileira a 2,75% e o país passando por uma série de instabilidades políticas e econômicas, essa inclinação do investidor a sair do país era ainda maior. Mas agora, com a Selic a 3,50% por aqui, o retorno dos investimentos em renda fixa volta a ser mais animador.

E essa tendência deve continuar. De acordo com a previsão do Boletim Focus, a Selic ainda pode chegar a 5,5% até o fim do ano. E quais seriam algumas opções inteligentes de investimentos para fazer nesse momento?

Para quem procura uma aplicação de curto prazo, a dica é buscar títulos pré-fixados com prazo para daqui a um ou dois anos. Por exemplo, algumas LCIs e LCAs, que são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras, estão pagando em torno de 7,10% até 2023.  Mas é importante lembrar que a rentabilidade só é garantida para quem permanecer no investimento por todo o prazo contratado. Quem resgata antes, perde parte da rentabilidade com o que chamamos de marcação a mercado. A longo prazo, uma possibilidade interessante é o Tesouro Prefixado para 2031, por exemplo, que está com retorno anual de 9,28%. 

Já para quem busca proteção contra o aumento de preços, os títulos pós-fixados, que seguem a variação de um índice, podem ser uma boa opção. Os títulos atrelados à Selic, por exemplo, são impactados diretamente pelo aumento dos juros, então tendem a ter um retorno maior  a partir de agora.

Já na renda variável, a tendência é de queda. Isso porque muitos investidores podem preferir investir mais em renda fixa, uma classe de investimentos com maior liquidez e segurança, que agora fica mais atrativa, já que estará rendendo mais. Consequentemente, com a saída de capital da renda variável, esse tipo de investimento pode render menos.

Se você ainda não se sente seguro para investir sozinho e para diversificar os investimentos, pode optar por um plano de previdência privada em uma Entidade Fechada de Previdência Complementar (EFPC). Diferente de bancos, essas entidades não têm fins lucrativos, então o retorno do investimento vai todo para você. E a maior vantagem é que os investimentos são geridos por especialistas, que vão saber exatamente quais as melhores opções para aplicar o seu dinheiro em cada cenário econômico.

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