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08/07/2024

Sebrae Previdência registra resultado próximo a 0,90% ao mês

O Sebrae Previdência alcançou um resultado consolidado de 0,88% em junho. Com esse desempenho, o Instituto superou os principais índices de mercado (CDI, IFIX, IMAB, IRFM, IHFA). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, registrou uma alta de 0,39% em junho. Dessa forma, foi possível garantir ganhos reais (acima da inflação) próximos de 0,50% a todos os participantes.

Resultados acima da inflação

Todos os perfis de investimentos apresentaram resultados superiores à inflação em junho, preservando o ganho real do saldo de reserva dos nossos participantes. O resultado obtido foi significativamente superior ao dos títulos públicos indexados à inflação emitidos pelo governo federal, que, em média, apresentaram um retorno de -0,97%. O gráfico a seguir demonstra os resultados dos perfis de investimentos comparados a alguns indicadores de mercado:

Com esse resultado, mantivemos o ganho real para todos os perfis de investimentos ao final do primeiro semestre, como pode ser observado na tabela abaixo:

Estratégias de investimento

Os resultados acima foram alcançados devido a decisões estratégicas de alterações na carteira de investimentos do Sebrae Previdência, como o aumento da exposição ao crédito privado e investimentos no exterior, além da redução da exposição em ações e títulos de renda fixa com maior prazo de vencimento. Essas mudanças foram implementadas ao longo do semestre.

Cenário de junho

Em junho de 2024, o cenário internacional foi influenciado por diversos eventos políticos e econômicos. Nos Estados Unidos, a inflação desacelerou, alinhado com as expectativas, sugerindo uma desinflação em curso. O mercado de trabalho continuou robusto, com a demanda excedente se exaurindo sem um aumento significativo nas demissões. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reconheceu "progressos realmente significativos" na inflação, mas não indicou uma redução imediata dos juros. Na Europa, a convocação de novas eleições parlamentares na França gerou incerteza e aversão ao risco, enquanto o Banco Central Europeu realizou seu primeiro corte de juros e sinalizou uma pausa até setembro. Na China, a estabilização do setor imobiliário continuou decepcionante, apesar das medidas adotadas pelo governo.

No Brasil, enfrentamos um cenário mais desafiador com a desvalorização significativa do real. A deterioração das expectativas de inflação e a resistência do governo em adotar reformas fiscais efetivas mantiveram as preocupações sobre a sustentabilidade das contas públicas. O Banco Central interrompeu o ciclo de redução da taxa Selic, mantendo-a em 10,5% devido ao balanço de riscos e à necessidade de convergência da inflação para a meta. O Ibovespa registrou um aumento de 1,5% no mês, impulsionado pelos setores de alimentos e papel e celulose, mas o desempenho anual permaneceu negativo, com uma queda de 7,7%.

No mercado de renda fixa, observou-se uma consolidação nos países desenvolvidos, com queda nas curvas de juros nos EUA devido a dados econômicos moderados e discursos conservadores do FED. No Brasil, a forte depreciação do real e a postura conservadora do Banco Central resultaram em uma alta de juros projetada para 2024. O crédito privado destacou-se positivamente, com a melhor captação do ano e redução de spreads.

Perspectivas para julho

Para julho, espera-se que o ambiente doméstico continue focado nas discussões sobre as iniciativas para ajuste das contas públicas e a regulamentação da reforma tributária no Congresso. No cenário internacional, a atenção estará voltada para os principais indicadores de atividade e inflação nos EUA, fundamentais para a definição da política monetária do Federal Reserve. A manutenção da Selic em 10,5% no Brasil indica que o Banco Central espera que a inflação convirja para a meta em 2025, embora o mercado possa continuar a precificar ajustes futuros. O mercado de crédito privado deve manter sua atratividade, beneficiado pela resiliência da economia e pela busca das empresas por desalavancagem (redução de dívidas).