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19/07/2024
No acumulado do primeiro semestre de 2024, a carteira de investimentos do Sebrae Previdência registrou retorno de 4,16%, superando a inflação do período. Esse desempenho se destaca ainda mais quando comparado ao resultado médio dos fundos de previdência abertos, que foi de apenas 0,76%, conforme estudo elaborado pela consultoria Aditus.
Os resultados dos fundos de previdência em 2024 variaram significativamente devido a um cenário macroeconômico desafiador e às diversas estratégias de investimento adotadas por cada instituição. De acordo com a classificação Anbima, os retornos desses fundos variaram entre -18,8% e 5,94% no semestre, conforme demonstrado no gráfico abaixo:
A performance média desses fundos foi de 0,76% no primeiro semestre, 7,11% em 12 meses e 20,66% em 24 meses. Os gráficos abaixo demonstram o desempenho dos perfis de investimentos do Sebrae Previdência comparado à média da classificação Anbima para cada perfil.
Quando analisamos apenas as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs), os retornos em junho, no acumulado do ano e em 12 meses foram de 0,73%, 3,64% e 9,79%, respectivamente, conforme dados da Aditus.
EFPCs tiveram retorno médio de 0,73% no mês de junho, diz Aditus (investidorinstitucional.com.br)
Justificativa:
A baixa performance dos fundos de previdência no Brasil no primeiro semestre de 2024 pode ser atribuída a uma combinação de fatores econômicos e políticos. Um dos principais motivos foi a expectativa equivocada sobre a reversão dos ciclos de alta inflação e juros elevados, especialmente nos Estados Unidos, que não se concretizou. Os gestores acreditavam em um cenário mais benigno para a inflação e os juros no primeiro semestre de 2024 nos Estados Unidos.
No Brasil, a situação foi ainda mais desafiadora devido à desvalorização significativa do real, à deterioração das expectativas de inflação e à resistência do governo em adotar reformas fiscais efetivas, o que manteve as preocupações sobre a sustentabilidade das contas públicas. O Banco Central interrompeu o ciclo de redução da taxa Selic, mantendo-a em 10,5% devido ao balanço de riscos e à necessidade de convergência da inflação para a meta. Além disso, o Ibovespa registrou uma queda de 7,6% no primeiro semestre e os títulos públicos indexados à inflação também apresentaram uma queda de cerca de 1,10%.
Esses fatores, juntamente com a necessidade de ajustar as estratégias de investimento devido às incertezas macroeconômicas e às mudanças nas metas fiscais, resultaram em uma performance insatisfatória para muitos fundos de previdência no período.
O Sebrae Previdência se destacou nesse cenário por ter reduzido previamente as exposições de risco e pela boa performance de duas classes de ativos que passaram a ter uma participação mais elevada no portfólio: o crédito privado e os investimentos no exterior.
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