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15/12/2025
O Conselho Deliberativo do Sebrae Previdência realizou, na tarde desta quarta-feira, 10 de dezembro, a última reunião ordinária de 2025. O encontro ocorreu na sede do Instituto, em formato híbrido, e foi conduzido pelo presidente do Conselho, Vitor Tioqueta. A pauta do dia foi iniciada com o painel de investimentos, no qual parceiros e gestores apresentam análises e perspectivas sobre cenários econômicos.
O painel, moderado pelo conselheiro Tito Manoel Estanqueiro, contou com a participação de Nathan Batista, da Aditus Consultoria de Investimentos; Thiago Mateus, head de solutions local da Itaú Asset; Priscila Carvalho, diretora de investimentos e AETQ da FUNEPP; Paulo Werneck, diretor financeiro e AETQ da Fundação Vivest; e Victor Hohl, diretor de Administração e Investimentos do Sebrae Previdência.Nathan Batista iniciou as apresentações trazendo a análise comparativa entre os perfis do Sebrae Previdência e a mediana das EFPCs. Ele destacou que o Instituto mantém um nível de risco mais baixo que o mercado, com menor exposição à bolsa (renda variável) e crédito privado, mas mesmo com essa postura mais conservadora, as rentabilidades permanecem próximas ou até superiores às referências setoriais. Também ressaltou que, nos últimos 24 meses, o Sebrae Previdência demonstrou maior resiliência em momentos de volatilidade, preservando o patrimônio dos participantes, além de menor volatilidade das cotas.
Na sequência, Thiago Mateus apresentou o cenário global projetado pela Itaú Asset para 2026. Ele observou que os Estados Unidos seguem com atividade econômica resiliente e inflação controlada, o que tende a favorecer mercados emergentes. Destacou ainda que a China continua exportando desinflação e que o Brasil apresenta espaço técnico para redução da Selic ao longo do próximo ano, embora o ambiente eleitoral demande cautela e possa aumentar a volatilidade. Thiago mencionou oportunidades em renda fixa prefixada e juro real, recomendou seletividade no crédito privado, apontou potencial de valorização da bolsa brasileira em um ciclo de queda de juros e reforçou a importância da diversificação internacional.
A diretora Priscila Carvalho apresentou o panorama da Fundação, que administra cerca de 4,2 bilhões de reais. Ela explicou que 2025 foi marcado por juros elevados, incertezas fiscais e forte desvalorização do dólar , fatores que levaram a entidade a reduzir exposição à bolsa local e fortalecer alocações em renda fixa, principalmente em índices atrelados a juros reais, como o IMAB-5. Para 2026, informou que o ambiente continuará desafiador e que a FUNEPP manterá sua estratégia de diversificação, com ajustes pontuais no perfil agressivo para atender às exigências regulatórias referentes a investimentos no exterior.
Paulo Werneck apresentou um panorama da instituição, que é atualmente o maior fundo de pensão de capital privado do país, com 41 bilhões de reais administrados e 117 mil participantes. Ele destacou a relevância da diversificação das carteiras, do uso de modelos matemáticos de otimização e da análise macroeconômica no processo de gestão. Para 2026, apontou expectativas de queda gradual dos juros, inflação convergente à meta e fatores positivos como resultados corporativos sólidos e maior entrada de investidores estrangeiros. Ressaltou que a disciplina de longo prazo é essencial para capturar oportunidades e mitigar riscos em um contexto ainda incerto.
Encerrando o painel, Victor Hohl destacou que 2025 foi um ano especialmente desafiador, marcado por forte volatilidade decorrente de incertezas geopolíticas, intensificação da guerra tarifária e percepção crescente de risco fiscal em diversas economias. Esse ambiente estimulou um movimento global de bancos centrais em direção à diversificação de reservas, reduzindo exposições excessivamente concentradas em uma única geografia, moeda ou classe de ativos. Mesmo diante desse cenário adverso, o Sebrae Previdência conseguiu capturar parte das oportunidades que se apresentaram e manteve portfólios com baixo risco e elevada liquidez, preservando a capacidade de realizar ajustes rápidos, bem calibrados e plenamente alinhados aos objetivos de longo prazo.
Para 2026, Victor explicou que o ambiente macroeconômico tende a ser mais favorável, com expectativa de queda de juros e possível aumento na demanda por ativos de risco. Ainda assim, o período eleitoral amplia a incerteza e reforça a necessidade de prudência. Nesse contexto, a nova Política de Investimentos amplia a flexibilidade tática, ampliando os limites de alocação por classe de ativos e permitindo movimentos mais ágeis, sem abrir mão da essência da Entidade: preservação de capital e ganhos reais sustentáveis no longo prazo.
Entre as principais mudanças, ele destacou o uso de fundos passivos (ETFs) para dar mais velocidade e eficiência às decisões de alocação; a continuidade da estratégia de crédito estruturado; e a adoção do benchmark híbrido (CDI + inflação), alinhado à parcela relevante do portfólio já referenciada a juros reais elevados, oferecendo maior previsibilidade e transparência ao participante.
Hohl concluiu ressaltando que a Política de 2026 permanece conservadora, com leve redução de risco, mas com margem suficiente para capturar oportunidades de mercado de maneira responsável e tática.
Após o painel, o diretor-presidente Evandro Nascimento observou que os cenários apresentados reforçam a necessidade de prudência e visão de longo prazo para 2026. Ele destacou que o Sebrae Previdência atua de forma equilibrada e responsável, sempre priorizando a proteção do patrimônio dos participantes.
Em seguida, o Conselho aprovou a Política de Investimentos de 2026. O perfil Conservador passará de 105,93% do CDI para 85% a 106% e 15% a IPCA + 5,5%; o perfil Moderado, de 110,28% do CDI, para 85% a 110% e 15% a IPCA + 5,5%; e o perfil Arrojado, 113,72% do CDI, para 85% a 113% e 15% a IPCA + 5,5%. O plano Valor Previdência adota o perfil Moderado; e o Valor Empresarial, o Conservador.
Também foi aprovada a atualização da Política de Segurança da Informação, que consolida a governança do tema, reformula o Comitê de Segurança da Informação e define com clareza as responsabilidades da Diretoria, da área de Tecnologia da Informação e do encarregado de dados. A nova política incorpora as diretrizes do planejamento estratégico, com foco em infraestrutura, inovação tecnológica e adequação permanente de recursos humanos e materiais, e atende integralmente às exigências regulatórias aplicáveis às EFPCs. O documento foi revisado de forma integrada ao Plano Diretor de Tecnologia da Informação, reforçando um modelo de governança mais robusto, preventivo e alinhado à expansão institucional do Sebrae Previdência.
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