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Para entender o funcionamento da economia

De uma forma geral, o entendimento de Finanças é facilitado pela apresentação de indicadores macroeconômicos que reflitam as atividades produtiva e financeira do país. Entre eles, destacam-se a Inflação, o PIB, a taxa de juros e a taxa de câmbio, apresentados a seguir.

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O que é inflação?

Tecnicamente, em Economia, inflação designa a redução do poder de compra do dinheiro. Popularmente, este conceito é ampliado para designar o aumento geral dos preços.

A inflação corrói o valor dos salários, por exemplo, mas também a rentabilidade dos investimentos, razão pela qual o ganho real (acima da inflação) é sempre um objetivo a ser perseguida pelos gestores de aplicações financeiras.

Inflação é, em geral, o resultado da existência de mais quantidade de dinheiro em circulação no mercado. Isto tanto pode ocorrer por conta de uma demanda por produtos e serviços no mercado maior do que a respectiva oferta (denominada inflação de demanda), ou mesmo pelo lado da oferta, quando ocorre aumento dos custos de produção de bens e serviços, o que levaria a uma retração da produção tornando a oferta de produtos e serviços menor do que a respectiva demanda.

Quando ocorre redução geral dos preços na economia, diz-se que há deflação, que é o inverso da inflação e, talvez, mais danosa para a economia do que esta.

A chamada “estabilidade de preços” ocorre quando a inflação medida ao ano alcança patamares baixos (que, para avaliação, variam de país para país), não necessariamente iguais a zero.

Sobre Índices de Preços


A inflação no Brasil é medida por diferentes índices de preços, que medem a variação no tempo dos preços de uma determinada cesta de produtos e serviços. O INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, aplicado a famílias de baixa renda (aquelas que tenham renda de um a seis salários mínimos) e o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, aplicado para famílias que recebem um montante de até quarenta salários mínimos, são calculados pelo IBGE – Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

​Além destes, há uma série de outros, como o IGP – Índice Geral de Preços, IPA – Índice de Preços no Atacado, INCC – Índice Nacional do Custo da Construção, calculados pela Fundação Getúlio Vargas.

O governo brasileiro utiliza, desde 1999, o sistema de metas de inflação, que determina projeções mínima e máxima para a variação do índice de preços no ano e, no dia a dia, utiliza seus instrumentos de política monetária (taxa de juros, principalmente) para manter a inflação “dentro da meta”.

O que é PIB?

O PIB representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos em uma determinada região (um país, estado ou cidade), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc).

É um dos principais indicadores da atividade econômica de uma região. O cálculo de sua variação de um período para outro (ano a ano, por exemplo), que indica o crescimento econômico ou recessão, utiliza o chamado PIB real, que aplica um deflator (normalmente um índice de preços) para descontar os efeitos da inflação.

PIB per capta


Trata-se do valor nominal do PIB dividido pelo número de indivíduos que compõem a população da região considerada. Este foi o primeiro indicador utilizado para analisar a qualidade de vida em um país. No entanto, países podem ter um PIB elevado, mas terem um baixo PIB per capita, em função de sua grande população.

O que é Taxa de Juros?

Pode-se dizer que as taxas de juro são os instrumentos mais importantes para combater a inflação de um país. Termo aplicado tanto nos assuntos macroeconômicos quanto nos investimentos, taxa de juros é, basicamente, o custo do dinheiro, ou seja, o que é cobrado para emprestá-lo.

​Quando o BC deseja aumentar a taxa de juros, vende títulos públicos no mercado, reduzindo a quantidade de moeda em circulação, o que faz com que o preço do dinheiro (a taxa de juros) aumente. Para reduzir a taxa de juros, o Banco Central faz o inverso: compra títulos, aumentando a liquidez do mercado e, consequentemente, reduzindo o preço do dinheiro.

Instituições financeiras e de crédito cobram em suas operações, no entanto, taxas de juros maiores do que a taxa básica. Essas instituições adicionam à taxa uma diferença em função, principalmente, do risco que têm em emprestar dinheiro e dos custos do empréstimo (impostos e seguros, por exemplo).

Uma redução da taxa de juros de referência, em geral, estimula a redução dos juros finais para consumidores e empresas, tornando compras a crédito e financiamentos mais baratos, estimulando aumento de consumo e de produção. Estes resultados podem ter impacto positivo no crescimento geral da economia (aumento do PIB). No entanto, o aumento de demanda provocado pela redução de juros pode gerar inflação caso o ritmo de produção (oferta) não acompanhe o consumo (demanda), o que faria que o preço dos produtos (mais escassos) subisse ao longo do tempo.

Para evitar o aumento da inflação, quando existe este risco, o BC utiliza a taxa de juros para diminuir o dinheiro em circulação e conter a expansão do crédito. Quanto maior a taxa, menor é a demanda. Com menos pessoas e empresas consumindo bens e serviços, os preços tendem a cair.

Taxa de Juros Básica:


A taxa de juros básica ou de referência de uma economia é o mais importante instrumento de política monetária de um governo e, por isso, é geralmente fixada pelo Banco Central (BC) do país, que utiliza a negociação de títulos do governo para balizar o mercado sobre a taxa definida.

No Brasil, a taxa de referência é a Selic, que é a taxa de juros média que incide sobre os financiamentos diários com prazo de um dia útil (overnight) lastreados por títulos públicos registrados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). Periodicamente ela é revisada e fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

O que é Taxa de Câmbio?

Quando se fala em taxa de câmbio, o dólar americano vem quase que automaticamente à nossa memória.

Taxa de Câmbio é o preço da moeda estrangeira medido em unidades da moeda nacional. O seu valor de compra é, em geral, o preço que o mercado aceita pagar pela moeda estrangeira. Em um regime de câmbio flexível (flutuante), a taxa de câmbio se forma pela interação entre a oferta e a demanda de moeda. Já em um regime de câmbio fixo, ela é definida pelo Banco Central.

Neste sentido, uma valorização do real frente ao dólar, por exemplo, significa que são necessários menos reais para comprar um dólar. Uma situação como essa beneficia as importações de produtos estrangeiros (já que os

produtos estrangeiros ficaram mais baratos em reais) e desestimula exportações de produtos nacionais (já que os produtos nacionais ficaram mais caros em dólar).

Já numa desvalorização do câmbio, ocorre o contrário. Significa que a moeda estrangeira aumentou seu valor, isto é, são necessários mais reais para adquirir um dólar. Isto beneficia exportadores e desestimula importações.

Por isto, a taxa de câmbio é um indicador importante em qualquer política econômica, principalmente porque pode afetar a inflação interna, como é o caso do Brasil. Uma valorização muito forte do dólar pode trazer inflação, o que sempre preocupa a equipe econômica e a sociedade.